13/04/2013 | N° 3426 - Jornal Diário de Santa Maria
REPORTAGEM
Melodias MEDICINAIS
A música pode ser uma aliada quando é necessário superar um obstáculo da vida
S e ouvir aquela música no rádio inesperadamente te faz arrepiar, é
porque o som melodioso bem tocado, bem afinado agrade aos seus ouvidos. E
o que dizer em produzir esses sons? Quem canta ou toca um instrumento
garante: há poucas coisas melhores que isso. Soltar a voz, descer o
braço na bateria, palhetar o violão e a guitarra ou até mesmo, sem
nenhuma técnica, ser um astro da música debaixo do chuveiro, como se o
tubo de xampu fosse um microfone... É. A música mexe com nossos
sentidos.
E não só isso: a música faz bem à saúde. Estudos médicos demonstram que, além de combater problemas como ansiedade e desconforto físico, obras de música erudita podem até ajudar a diminuir a rejeição de órgãos transplantados. Por mais estranha que a ideia pareça, essa foi a conclusão de uma pesquisa realizada em ratos de laboratório e publicada em 2012 no Journal of Cardiothoracic Surgery.
– A música pode melhorar o raciocínio lógico, reduzir o estresse, trazer sentimentos de conforto e relaxamento, promover a distração de uma dor e melhorar os resultados da terapia clínica – destaca o cientista japonês Masateru Uchiyama, pesquisador da Universidade de Jutendo, no Japão, em entrevista concedida ao jornal Correio Braziliense, em 2012.
Para o maestro da Orquestra Sinfônica de Santa Maria, Enio Guerra, há momentos na vida em que a música é uma referência que ajuda a superar obstáculos:
– Ah, se não existisse a música! Gosto de todos os estilos, desde que tenham fundamento. Busco músicas alegres, que façam a gente se elevar, diferente das mais comerciais que são fugazes. Para mim, a música precisa ter construção e conteúdo.
A música como terapia e base para superação
O clássico ditado “quem canta, seus males espanta” não existe por acaso. A doutora em Educação Musical Cláudia Ribeiro Bellochio conta que, de acordo com pesquisas neurológicas, a música estimula lugares diferentes do cérebro, provocando as pessoas de maneiras diferentes.
– A música, composta por sons, silêncio e formas estéticas, constrói uma forma de expressão muito forte. É uma manifestação cultural e universal. Restitui ao homem outra forma de comunicação com o mundo – explica a pesquisadora, que atua na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
A opinião da professora é corroborada com o atual estudo da Universidade de McGill, no Canadá. Os cientistas Mona Lisa Chanda e Daniel Levitin concluíram que tocar ou ouvir música melhora o humor e facilita as interações sociais. Além disso, o tocar ou ouvir pode diminuir níveis de cortisol, o hormônio do estresse, e elevar a oxitocina, relacionado ao bem-estar.
De acordo com o especialista em Musicoterapia e produtor do musical Jardim de Cataventos, Marcelo Schmitd, música promove saúde e também pode usada como terapia:
– Os estímulos provocados por instrumentos e canto, principalmente os incomuns para o ouvinte, mexem, provocam e fazem a pessoa se questionar. É o caso de ouvir música erudita. Uma orquestra traz instrumentos que não são tão cotidianos e levam a pessoa a uma nova atmosfera sonora.
nicholas.fonseca@diariosm.com.br
NÍCHOLAS FONSECA
E não só isso: a música faz bem à saúde. Estudos médicos demonstram que, além de combater problemas como ansiedade e desconforto físico, obras de música erudita podem até ajudar a diminuir a rejeição de órgãos transplantados. Por mais estranha que a ideia pareça, essa foi a conclusão de uma pesquisa realizada em ratos de laboratório e publicada em 2012 no Journal of Cardiothoracic Surgery.
– A música pode melhorar o raciocínio lógico, reduzir o estresse, trazer sentimentos de conforto e relaxamento, promover a distração de uma dor e melhorar os resultados da terapia clínica – destaca o cientista japonês Masateru Uchiyama, pesquisador da Universidade de Jutendo, no Japão, em entrevista concedida ao jornal Correio Braziliense, em 2012.
Para o maestro da Orquestra Sinfônica de Santa Maria, Enio Guerra, há momentos na vida em que a música é uma referência que ajuda a superar obstáculos:
– Ah, se não existisse a música! Gosto de todos os estilos, desde que tenham fundamento. Busco músicas alegres, que façam a gente se elevar, diferente das mais comerciais que são fugazes. Para mim, a música precisa ter construção e conteúdo.
A música como terapia e base para superação
O clássico ditado “quem canta, seus males espanta” não existe por acaso. A doutora em Educação Musical Cláudia Ribeiro Bellochio conta que, de acordo com pesquisas neurológicas, a música estimula lugares diferentes do cérebro, provocando as pessoas de maneiras diferentes.
– A música, composta por sons, silêncio e formas estéticas, constrói uma forma de expressão muito forte. É uma manifestação cultural e universal. Restitui ao homem outra forma de comunicação com o mundo – explica a pesquisadora, que atua na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
A opinião da professora é corroborada com o atual estudo da Universidade de McGill, no Canadá. Os cientistas Mona Lisa Chanda e Daniel Levitin concluíram que tocar ou ouvir música melhora o humor e facilita as interações sociais. Além disso, o tocar ou ouvir pode diminuir níveis de cortisol, o hormônio do estresse, e elevar a oxitocina, relacionado ao bem-estar.
De acordo com o especialista em Musicoterapia e produtor do musical Jardim de Cataventos, Marcelo Schmitd, música promove saúde e também pode usada como terapia:
– Os estímulos provocados por instrumentos e canto, principalmente os incomuns para o ouvinte, mexem, provocam e fazem a pessoa se questionar. É o caso de ouvir música erudita. Uma orquestra traz instrumentos que não são tão cotidianos e levam a pessoa a uma nova atmosfera sonora.
nicholas.fonseca@diariosm.com.br
NÍCHOLAS FONSECA
Fonte: http://www.clicrbs.com.br/dsm/rs/impressa/4,1304,4104529,21764
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